E assim foi mais um Carnaval…

E mais um Carnaval se passou… Sol, cerveja e muito samba, deixaram lugar a uma sensação de nostalgia, cansaço e, claro, de ressaca. Agora só para o ano! 😦

O balanço geral é, como sempre, muito positivo! Horas de caminhada pela cidade de bloco em bloco, suor e sede constantes, péssimos hábitos alimentares e impossibilidade de apanhar transporte público são meros pormenores, quando comparados com a diversão e energia contagiante que se sente nesta época. É uma atmosfera mágica, totalmente única no mundo!

Para os que não sabem, eu já tinha vindo ao Carnaval do Rio em 2010, e foi aí que nasceu toda esta vontade de vir morar no Rio de Janeiro. É certo que se comparamos os dois anos, realmente o primeiro foi melhor. Com toda a divulgação internacional do Brasil, este ano foi notoriamente mais cheio de pessoas de outras partes do mundo e até mesmo oriundas de outras cidades brasileiras. Mas nada que não se vença com disposição carnavalesca!

O roteiro 2012 começou com Céu na Terra, no Sábado (18/02), em Santa Tereza. Madrugámos como nunca (6h da manhã!!) e quando chegámos deparámo-nos com uma concentração de pessoas que mais parecia a população de Portugal inteira. Isso impossibilitou-nos de ver o Bloco ou ouvir a música. As ruas estreitas estavam ocupadas por fantasias engraçadas e bom humor, mas nós estávamos mesmo numa de pular blocos, assim que decidimos ir para o Escangalha.

O Escangalha! começava às 11h no BG e não estava muito mais vazio que o anterior. No entanto, conseguimos aproximar-nos do trio elétrico e aproveitar uma sombrinha para dançar ao som dos sambas. Depois de muita bebida e uns sanduíches para recarregar energias, fomos para o Leblon, para o Azeitona Sem Caroço.

O Azeitona Sem Caroço é um típico Bloco do Leblon, na Rua Dias Ferreira. Conseguimos chegar a tempo da concentração, o que serviu para reencontrar amigos e ver a saída do bloco. Muito animado e, adivinhem o quê? Cheio!!!!! Seguiu-se um pôr-do-sol maravilhoso na Praia do Leblon e um lanche no Bibi Sucos. Não foi o melhor dia, mas, sem dúvida, foi o dia com mais blocos.

No Domingo (19/02) foi dia de Bangalafumenga. Um bloco original, já que o trio elétrico não se moveu. Começou de manhã, no Aterro do Flamengo. Um espaço amplo, onde apesar de haver um mar humano interminável, havia espaço para dançar à vontade. Debaixo de um sol abrasador, pulámos, dançámos e divertimo-nos ao som de música baiana, samba, reggae, frevo, etc. etc. À tarde, tentámos ir a uns blocos em Ipanema, sem grande êxito. Terminámos o dia com um passeio na praia e uns petiscos no Boteco Belmonte. Nhami…

Segunda-feira (20/02) foi tempo de Volta, Alice!, nas Laranjeiras. Às 9h da manhã, e com um cansaço que já se sentia acumulado dos dias anteriores, circulámos pelas ruas clássicas deste bairro, num bloco que valeu mais pela companhia que pela própria música. Deu para reunir muitos amigos, risadas e fantasias engraçadas. Vi capuchinhos vermelhos, smurfs e muitas, muitas Alices no País das Maravilhas!

A Terça-feira de Carnaval (21/02) foi um dos melhores dias. Conseguimos vencer o cansaço e terminar em beleza, com dois dos melhores Blocos do Carnaval carioca: Vagalume o Verde e Orquestra Voadora. O primeiro de manhã, no Jardim Botânico. O segundo à tarde, no Aterro do Flamengo. Com dois estilos totalmente diferentes, o Vagalume é um bloco de marchinhas com um ótimo ambiente e uma bonita paisagem. Ficámos o tempo todo perto da bateria, o que dava ainda mais vontade de não tirar aquele samba do pé.

A Orquestra Voadora é um bloco totalmente diferente de todos os outros. Com música instrumental e um grande espectáculo visual, ao estilo “Chapitô”, fechou o Carnaval em beleza, com todas aquelas cores berrantes e melodias suaves. É um “must”! Estava lotado por um público amante das artes, ou melhor, demasiado lotado. Assim que desistimos antes de terminar o show. Seguiu-se Banda de Ipanema na Praça General Osório e uma ida ao Outback para terminar o dia e o Carnaval tal como começou – com os amigos.

Para os mais valentes, ainda houve programação de Blocos na Quarta-feira de cinzas. Eu, pessoalmente, preferi recuperar na praia.

Para o ano há mais! Cá te esperamos, Carnaval!